domingo, 24 de junho de 2018

Historia - Figos

História do Figo
A figueira é originária do Afeganistão e daí se difundiu por toda a bacia mediterrânica. 

Em Portugal a cultura centrou-se no litoral algarvio e na zona de Torres Novas. 
Em 1577, Frei João de S. José escreve que «… é bom mantimento em especial para os do Algarve que o têm já em costume». Também Silva Lopes, em 1841, refere que os figos do Algarve são muito saborosos e nutritivos e que em 1708 já se exportavam 4.500 a 6.000 toneladas para os portos do Reino e para os da Holanda, Bélgica, França e Inglaterra e se secavam ao sol 10.500 a 12.000 toneladas. 
Romero Magalhães refere que, em 1605, um francês de nome La Corsa teve de se comprometer a importar 16 moios de centeio para poder exportar 800 peças de figo. 
Pelo seu grande valor nutritivo, concentração e boa capacidade de conservação, apresentou grande interesse para «matar a fome de muita gente em períodos de crise».
 Durante as guerras mundiais foi exportado em grande quantidade para a Alemanha e para a América do Norte.

Mas certo é que em países mais a norte, como a França, e noutros, como a Espanha e a Turquia, a produção tem-se expandido muitíssimo nos últimos anos – ao contrário da portuguesa, que passou de 300 mil hectares de figueiras e 270 mil toneladas/ano em 1961 – quando quase todo o figo era para destilar (e fazer álcool), e o Estado subsidiava fortemente os produtores – para 86 614 hectares e 15 004 toneladas em 2009 (números da FAO, Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação). 
Entre os motivos desta brutal descida esteve, para o técnico do INRB, não só a falência do mercado do figo para álcool como do mercado do figo seco, esmagado pela concorrência turca, que consegue fazê–lo a preços imbatíveis.


Esta é uma das culturas pela sua pouca exigência de água e de tratamento (“Não tem grandes pragas”) 
deterioração rápida – que a seu ver justificará a raridade do figo fresco- dificuldade de conservar o figo mais dos dois/três dias frescos.

Figos Lampos
os figos de Maio/Junho; 
A dificuldade começa no facto de “os lampos, ao contrário dos vindimos, virem todos de uma vez


Figos Vidimos
de Agosto/Setembro/Outubro, 
Apesar de tudo, os vindimos têm uma conservação mais prolongada, devido à pele mais resistente.

Figos Pingo Mel

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