Cinicamente, ironiza sobre a falta de palavras que a deviam preencher.
Desafiante, insurge-se mais branca que nunca.
Tão branca como a névoa que me invadiu os sentidos e me entorpeceu a alma.
Há dias assim, em que tudo parece esquecimento.
Em que a alma adormece levando com ela os sentimentos, no seu mais profundo sono.
Há dias em que uma densa neblina entorpece o pensamento, desvanecendo de si todas as palavras, transportando a mente a limbo silencioso e macio de onde não deseja sair.
E é para a folha em branco que olho, esta que me desafia a escrever.
Que, à força toda tenta-me a sair deste torpor, desta inercia que se abateu sobre mim, no dia em que o amor se fez ausência em minha alma e me secou os sentidos.
Perdida na brancura de uma folha vazia, deixo-me levar por esta mesma ausência sem fim.
Hoje não vou escrever!
Vou deixar a alma descansar das agruras da caminhada.
Vou deixar que repouse sobre as palavras, até que estas e de novo, sintam vontade de brotar como a primavera brota em flor, em dor e amor... renovada......
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